O Rio de Janeiro, sempre palco de emocionantes eventos esportivos, enfrenta uma nova questão de segurança à medida que se prepara para receber milhares de torcedores argentinos na próxima semana para a grande final da CONMEBOL Libertadores entre Fluminense e Boca Juniors, que será transmitida ao vivo no sábado, 4 de novembro, às 17h, horário de Brasília.
Os preparativos para a chegada maciça de torcedores do Boca têm sido motivo de preocupação. A imprensa argentina chegou a estimar que até 100 mil pessoas viajariam, mas essa estimativa não foi confirmada pelas autoridades brasileiras. Como resultado, o Rio ainda debate qual será o esquema de segurança a ser implementado.
Entretanto, o Rio enfrenta desafios adicionais relacionados à segurança pública, considerados mais urgentes e que têm demandado atenção considerável do prefeito Eduardo Paes e das forças policiais. Nesta quinta-feira, o prefeito publicou um decreto no Diário Oficial que anuncia a imposição da chamada “Lei Seca”. A medida entra em vigor à meia-noite do sábado, 4 de novembro, e permanece em vigor até as 6h do domingo, 5. A “Lei Seca” proíbe a comercialização e o consumo de bebidas alcoólicas em todo o entorno do Maracanã.
Na segunda-feira, 30 de outubro, as autoridades de segurança, incluindo a Polícia Militar e a Polícia Civil, realizarão uma reunião com a Conmebol para discutir questões adicionais relacionadas ao plano de segurança para a final.
A sexta-feira que antecede a partida entre Boca e Fluminense é um ponto crítico em termos de segurança. Copacabana, um local sensível devido a incidentes prévios entre torcedores rivais antes de jogos entre times brasileiros e sul-americanos, terá equipes reforçadas.
A prefeitura do Rio está considerando a possibilidade de utilizar o Terreirão do Samba, próximo ao sambódromo da Sapucaí, no Centro, para acomodar torcedores argentinos que viajarão de carro, ônibus ou vans, já que muitos deles não têm hospedagem e, em alguns casos, não possuem ingressos para a partida.
Em relação a torcedores sem ingresso garantido, a segurança no Maracanã e suas entradas será reforçada pela Polícia Militar para evitar possíveis invasões, como ocorreu em 2014. Além disso, uma delegacia estará instalada no local da final, e haverá o apoio de juízes e promotores de plantão. Essa unidade também estará atenta a possíveis casos de racismo nas arquibancadas, uma preocupação que se tornou mais comum em eventos esportivos recentes na América do Sul.