Em um cenário onde as estrelas do futebol muitas vezes dominam os holofotes, Gonçalo Ramos, atacante português, tornou-se uma figura incontornável ao deixar Cristiano Ronaldo, ícone da seleção lusitana, na reserva durante a Copa do Mundo do ano passado, no Qatar.
Sob o comando de Fernando Santos, o treinador da seleção portuguesa, a escolha de Ramos na equipe titular não foi apenas audaciosa, mas revelou-se espetacular. Logo em seu primeiro jogo, contra a Suíça, o jovem atacante do Benfica marcou um hat-trick na goleada por 6 a 1, tornando-se o segundo jogador mais jovem a atingir tal feito em fases finais de Copas do Mundo, atrás apenas de Pelé em 1958.
Nascido em uma família ligada ao futebol, Gonçalo Ramos iniciou sua jornada no Olhanense ainda criança, destacando-se pela habilidade ao lado de colegas mais velhos. O técnico Tiago Faustino, que trabalhou com o jogador em sua juventude, descreve-o como “um atleta muito trabalhador e humilde, com um nível mental muito forte.”
A trajetória de Ramos inclui passagens pelas escolinhas do Benfica em Algarve, chegando à base do clube lisboeta em 2013. Aos 17 anos, foi promovido à equipe B, e seu talento excepcional o consolidou como atacante.
Após desafios com o técnico Jorge Jesus, Ramos encontrou seu caminho na última temporada com o Benfica, conquistando o título português e encerrando como vice-artilheiro com 19 gols. Seu desempenho atraiu olhares internacionais, culminando em sua transferência para o PSG por impressionantes 65 milhões de euros, além de 15 milhões em bônus.
Contudo, a adaptação ao cenário francês provou ser um desafio para o jovem atacante, que busca replicar o sucesso que o destacou em Portugal. Com apenas dois gols em 15 partidas, Gonçalo Ramos enfrenta a expectativa de uma nação que viu seu potencial brilhar nos campos de Portugal.